O novo coronavírus, o SARS-CoV-2, que origina a doença designada COVID-19, foi identificado pela primeira vez em dezembro de 2019, na China. A infeção por SARS-CoV-2 pode ser semelhante a uma gripe comum ou apresentar-se como doença mais grave, como pneumonia.
O vírus já se disseminou por vários países e milhares de pessoas foram infetadas. A principal via de transmissão é a respiratória através das gotículas emitidas pela tosse e espirros de doentes infetados. Pensa-se que indivíduos que não tenham quaisquer sintomas também possam transmitir o vírus, estimando-se um período de incubação de até 14 dias. O quadro clínico varia desde uma simples síndrome gripal até à pneumonia grave com desfecho fatal, em particular nos doentes com patologias crónicas respiratórias, cardíacas ou idade avançada.
Recentemente, foi também verificada anosmia (perda do olfato) e em alguns casos a perda do paladar, como sintoma da COVID-19. Existem evidências da Coreia do Sul, China e Itália de que doentes com COVID-19 desenvolveram perda parcial ou total do olfato, em alguns casos na ausência de outros sintomas.
Para se proteger, é imperioso que sejam tomadas medidas de higiene e etiqueta respiratória para reduzir a exposição e transmissão da doença:
• Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir, com o braço ou antebraço, na ausência de um lenço;
• Usar um lenço de uso único para conter as secreções respiratórias e colocá-lo de seguida no lixo;
• Lavar as mãos com água e sabão, principalmente após o contacto com as secreções respiratórias e / ou gotículas;
• Após contacto das mãos com secreções ou gotículas deve evitar tocar nas superfícies de toque frequente, por exemplo portas, puxadores das portas, mesas, balcões, corrimãos antes de lavar as mãos;
• Evitar tocar nos olhos, nariz e boca;
• Evitar contacto próximo (inferior a 2 metros) com pessoas que estão doentes;
Se viajou para os locais afetados ou esteve em contato com algum portador da doença e apresenta queixas respiratórias/febre NÃO deve dirigir-se ao hospital ou ao centro de saúde. Deve contactar 112 ou 113 que, caso necessário, enviará uma ambulância para o transportar a um hospital.
É recomendável usar máscara nos transportes públicos e em espaço públicos fechados, como os supermercados, cabeleireiros e outros espaços comerciais e de atendimento ao público.
Existem três tipos de máscaras – respiradores, máscaras cirúrgicas e não cirúrgicas/comunitárias -, sendo estas últimas destinadas à população em geral, pelo que podem ser feitas com diferentes materiais, nomeadamente algodão ou têxtil. “Não se destinam em caso nenhum a ser utilizados por profissionais de saúde ou por pessoas doentes”, conforme advertiu a ministra Saúde. Leia aqui mais informação sobre as máscaras a utilizar.
As máscaras sociais podem ser feitas em casa, mas há já várias empresas nacionais a fabricar estas peças, que devem ser devidamente certificadas.